domingo, 18 de setembro de 2011

Formação de Professores não é prioridade

O ambiente acadêmico ainda considera a formação de professores para a educação básica uma tarefa “menor” o que dificulta a melhoria da qualificação desses profissionais para atuar em sala de aula. Este é o diagnóstico de especialistas, pesquisadores e organizações da sociedade civil reunidas no Congresso Internacional Educação: uma Agenda Urgente. A formação de professores no Brasil foi tema de discussão em uma das mesas de debates, e há um consenso de que é necessária a revisão dos currículos dos cursos de pedagogia e de licenciaturas.
Um dos componentes que deve ser fortalecido, na opinião dos debatedores, é o prático. Para os especialistas, o estágio precisa ganhar maior importância e deve ocorrer desde o início da formação do professor. Uma das principais críticas é que a universidade não prepara o professor para lidar com a realidade da sala de aula, que inclui problemas de aprendizagem e um contexto social que influencia no processo.
“A formação inicial deve estar visceralmente ligada à sala de aula. Ela deve ocorrer em dois lugares: na universidade, onde eu penso, discuto e estudo e naquele lugar que é objetivo maior do professor, a sala de aula”, disse Gisela Wajskop, diretora-geral do Instituto Singularidades.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão, declarou que apesar do estágio ser obrigatório para a obtenção do diploma, em muitas escolas de formação ele não passa de uma “formalidade”. “O estágio é fundamental para conectar o que o aluno aprende na universidade e o mundo real. Ele precisa sair sabendo como são as escolas, quais são as dificuldades concretas que ele vai encontrar e quem é esse jovem que ele vai ensinar e que ele só estuda na psicologia. Mas o estágio precisa ser bem feito, orientado e cobrado”, ressaltou.
Uma das propostas apresentadas para melhorar a formação, é instituir nas licenciaturas e cursos de pedagogia uma espécie de residência, semelhante a que ocorre nos cursos de medicina e que é obrigatória para o exercício profissional. Leão aponta, entretanto, que a formação do professor não é a única variável que determina a qualidade do ensino. “A universidade que forma o professor da escola pública é o mesmo que forma o da particular. Mas, a segunda tem resultados melhores nas avaliações”, disse.
Membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos defende a criação de centros ou institutos de formação nas universidades que sejam separados dos departamentos que hoje oferecem as licenciaturas. “O professor da universidade que está preocupado em dar aula na escola de educação básica é visto no seu departamento como inferior porque não está preocupado em publicar artigos nas revistas de ponta”, declarou.
A desvalorização da carreira e dos cursos de formação têm levado ao fechamento das licenciaturas, conforme observou o vice-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), Marcelo Lourenço. “Nós estamos pedindo socorro porque os cursos estão fechando por falta de procura”.

sábado, 17 de setembro de 2011

Formação de Professores – Educação a Distância

O novo sistema de formação de professores lançado nesta sexta-feira pelo Ministério da Educação (MEC) terá R$ 1 bilhão em 2009 para ajudar estados e municípios a executarem seus planos estratégicos.
O principal objetivo é ampliar o número de professores e melhorar a qualidade da formação desses profissionais. O sistema está apoiado unicamente em instituições públicas de ensino superior ou tecnológico e inclui a formação inicial e a continuada desses profissionais.
- Nós sabemos que há instituições particulares que são boas formadoras, mas infelizmente é a minoria. As boas instituições formadoras, pelos indicadores de qualidade, são as públicas. E são elas que tem que assumir, via fomento, a responsabilidade por formar mais professores em cursos de qualidade comprovada.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) será responsável por fazer o repasse dessa verba às universidades.
Segundo Haddad, a expectativa é que pelo menos 20 estados estabeleçam até dezembro um diagnóstico da demanda de professores necessários para atender a sua rede, além de metas qualitativas e quantitativas para essa formação.
O principal foco é atingir os cerca de 300 mil professores que atuam hoje nas escolas públicas sem nenhuma graduação e outros 300 mil que são formados em outras áreas que não a pedagogia ou a licenciatura. São os chamados “professores leigos”, que não tem formação específica para atuar em sala de aula. De acordo com o secretário de Educação à Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsy, essa 600 mil vagas devem ser atingidas em três anos.
Bielschowsy explicou que as universidades podem optar por incluir uma reserva de vagas nos cursos de pedagogia e licenciatura para professores que já atuam nas escolas públicas mas não têm ensino superior. Segundo ele, a Bahia já começou a elaborar seu plano e prevê 42 mil vagas de formação de professores em 10 instituições. Na Universidade Federal da Bahia (UFBA), por exemplo, 3 mil delas serão reservadas para esse público.
A minuta do decreto que criará o novo sistema prevê ainda que a formação inicial de professores seja feita prioritariamente em cursos presenciais. Mas, em alguns casos, os profissionais serão formados por cursos de graduação à distância da Universidade Aberta do Brasil (UAB).
A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Juçara Vieira, defende que a formação seja feita em cursos presenciais.
- Como nós temos sérios problemas na educação brasileira, a Capes adotou essa conceituação do ‘preferencialmente presencial’ e nós achamos que é um avanço. Mas enquanto outras profissões não aderirem à formação inicial à distância, com cursos para engenheiros, advogados, isso significa um arranjo apenas para a educação – criticou.
Na formação continuada, ou seja, cursos de atualização e aperfeiçoamento, a categoria não vê problemas em utilizar a modalidade à distância.
O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, explicou que nesses casos o processo é semi-presencial.
- A UAB tem pólos e eles são presenciais, então não é uma educação exclusivamente à distância, você tem treinamento presencial também. É uma educação semi-presencial – aponta.


Alunos estão na Frente em EAD

A aproximação dos mundos virtuais com a educação requer uma mudança no comportamento dos professores, que precisam estar preparados para se atualizar constantemente. O risco de quem não agir dessa maneira é ficar para trás no tempo e não conseguir se comunicar com os alunos. “Por incrível que pareça, são os professores os que mais criam barreiras para as tecnologias. Como não aprendemos informática quando éramos crianças, os alunos estão uma geração à frente”, diz o especialista em gestão educacional Maurício Garcia. Ele é proprietário da ilha Vestibular Brasil, instalada dentro do Second Life, projeto que conta com o apoio da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Ambes).
“O professor tem que reaprender a dar aulas quando lida com educação a distância e o mundo virtual requer mais preparo. São características diferentes”, diz João Mattar, autor do livro Second Life e Web 2.0 na Educação. Ele afirma que aqueles que realmente estão interessados em inovar vão procurar se adaptar. Mattar já fez curso de educação a distância de uma instituição norte-americana via Second Life. Segundo ele, a tendência dos mundos virtuais é irreversível e inovações serão agregadas num ritmo cada vez maior. Ele conta que uma delas é o chamado sloodle, mistura entre o Second Life e a plataforma Moodle, que predomina nos cursos a distância. “Outro dia, assisti a uma palestra que acontecia na Índia. O palestrante aparecia em forma de holograma. Foi fantástico!”, diz.








Tutoria e Interação em EaD


Na próxima semana, o meu querido amigo João Mattar lançará em Manaus o livro Tutoria e Interação em Educação a Distância (Cengage Learning), no CIAED - Congresso Internacional ABED de Educação a Distância. A honra de escrever o prefácio foi minha (nem preciso dizer o quanto fiquei fofa com o convite!) e o livro inaugura a série “Educação e Tecnologia”. Segundo a autora do prefácio (cof, cof), "o objetivo desta obra é discutir sobre tópicos como os elementos necessários para a ação docente desse profissional, as estratégias de interação e interatividade, os princípios da docência, as diversas ferramentas nos ambientes virtuais de aprendizagem e sua convergência com as redes sociais, além da importância da avaliação e da formação dos professores – e tutores". O livro traz uma discussão importantíssima para a EaD hoje e é leitura obrigatória para todos que pesquisam a modalidade. Vou trabalhar com o livro na minha disciplina do mestrado (Introdução à EaD) neste semestre e tenho certeza que teremos ex


Educação a Distância: Nativos digitais

Educação a Distância: Nativos digitais: Fonte: Blog Byte que eu gosto

domingo, 4 de setembro de 2011

Importancia da Leitura

Alfabetizar é ensinar a ler. A palavra alfabetizar vem de “alfabeto“. “Alfabeto“ é o conjunto das letras de uma língua, colocadas numa certa ordem. É a mesma coisa que “abecedário“. A palavra “alfabeto“ é formada com as duas primeiras letras do alfabeto grego: “alfa“ e “beta“. E “abecedário“, com a junção das quatro primeiras letras do nosso alfabeto: “a“, “b“, “c“ e “d“. Assim sendo, pensei a possibilidade engraçada de que “abecedarizar“, palavra inexistente, pudesse ser sinônima de “alfabetizar“...
“Alfabetizar“, palavra aparentemente inocente, contém uma teoria de como se aprende a ler. Aprende-se a ler aprendendo-se as letras do alfabeto. Primeiro as letras. Depois, juntando-se as letras, as sílabas. Depois, juntando-se as sílabas, aparecem as palavras...
Parabéns a todos os escritores e leitores pelo Livro!!